sexta-feira, 29 de setembro de 2017

CLDF em Busca da Juventude do DF


Câmara Legislativa tenta atrair juventude do DF



No intuito de se aproximar do público mais jovem do DF, a Câmara Legislativa está utilizando as redes sociais para divulgar um clipping com a paródia da "Melô do DF", produzido originalmente em 2015, pelo ator e jornalista TJ Fernandes (publicado na coluna P4 Cultural, do blog P4 Notícias em 26/08). O hit já recebeu mais de  363 mil visualizações.

O Programa Câmara em Movimento leva a CLDF a todas as regiões administrativas para escutar as 10 principais demandas da população. Olha que legal que ficou a Melô do Câmara em Movimento.




O "Melô do DF", do ator e jornalista TJ Fernandes, foi o tema do P4 Cultural do dia 26 de agosto. Agora vejam a paródia produzida e publicada pela Câmara Distrital para divulgar o programa "Câmara Em Movimento". O clipping original já recebeu mais de 363 mil visualizações.

Confira o clipping original: " Melô do DF"




terça-feira, 12 de setembro de 2017

58 anos de Lago Paranoá


58 anos de Lago Paranoá

Pontão do Lago Sul - Foto: Divulgação

Naquela manhã de sábado, 12 de setembro de 1959, o aniversariante Juscelino Kubitscheck, ao lado da esposa Sarah, manobrando um trator, e observado por uma multidão de candangos fez descer as comportas da barragem do Lago Paranoá, nascia, assim, um dos principais cartões postais da cidade, que com suas águas abraça e encanta Brasília.

JK completava 57 anos, no mesmo dia em que “renascia” o Lago Paranoá, uma vez que, segundo relato do botânico e engenheiro francês Auguste Glaziou, integrante da 2ª Missão Cruls, liderada pelo astrônomo belga Luís Cruls e realizada no período de julho de 1894 a dezembro de 1895, no mesmo leito teria existido um outro lago no passado.


Barragem do Lago Paranoá 1959/1960 - Foto: Arquivo Público do DF


“Entre os dois chapadões, conhecidos na localidade pelos nomes de Gama e Paranoá, existe imensa planície em parte sujeita a ser coberta pelas águas da estação chuvosa; outrora era um lago devido à junção de diferentes cursos de água formando o rio Parnauá...” Em seu relatório Glaziou conclui, que com o fechamento dessa brecha forçosamente a água tornará ao seu lugar primitivo e formará um lago artificial inteiramente navegável.

Esses estudos foram realizados durante o período de atuação da Comissão Exploradora do Planalto Central (1892 a 1896), cumprindo determinação da Constituição Republicana de 1891 que previa a mudança da capital federal para o Planalto Central, com a destinação de uma área de 14.400 Km², incorporando áreas das antigas fazendas e vilarejos do estado do Goiás.

Observatório astronômico da Comissão Exploradora do Planalto Central. Foto: brazilia.jor.br- Divulgação


Em 1948, 55 anos depois, a Comissão de Estudos para a Localização da Nova Capital do Brasil, presidida pelo General Poli Coelho referendou os estudos da Comissão Cruls, mas foi somente na Comissão de Localização da Nova Capital, presidida pelo Marechal José Pessoa, em 1955, que os urbanistas Raul Pena Firme, Roberto Lacombe José de Oliveira Reis, incluíram a criação de um lago ornamental.

Juscelino Kubitschek é eleito presidente do Brasil em outubro de 1955. No seu plano de metas, a construção da nova capital Brasília era meta-síntese. A escolha do Sítio Castanho- local onde se localiza o DF- em abril de 1955, já contemplava a proposta do Lago Paranoá. Em 15 de março de1957, o júri escolheu o projeto de número 22 de autoria do arquiteto e urbanista Lúcio Costa. Brasília e o lago, finalmente iriam sair do papel.


Sangue, suor e lágrimas


JK me frente ao Palácio da Alvorada - Divulgação


Fácil não foi. Diria Juscelino em seu livro Por que construí Brasília. Os problemas na construção da barragem do Paranoá foram “os de solução mais difícil”. JK precisou intervir, pois a empresa contratada para a obra da barragem e da usina do Rio Paranoá, a norte-americana Raymond Concrete Pile, não concluiu o serviço e teve que ser substituída por um pool de seis empresas brasileiras.

Construção da Barragem do Paranoá. Dezembro/1959 - Foto: Mário Fontenele


Enquanto para os operários das obras do Plano Piloto, a rotina era por demais exaustiva, para os candangos que trabalhavam na barragem, ela exigia esforço físico supremo, principalmente para os que tinham de quebrar as pedras usadas na compactação da muralha que interceptou as águas do rio Paranoá e de seus afluentes. Um trabalho hercúleo em nome do sonho da Nova Capital. Mas Brasília não poderia ser inaugurada com um lago vazio, ele era a “moldura líquida da cidade”, disse JK.

Pelo menos meia dúzia de pedreiras foram exploradas nos arredores do lago para a retirada de cascalho, brita e areia necessárias à construção da barragem. Algumas eram particulares, outras pertenciam às construtoras.


A “Atlântida” brasiliense


Vila Amaury- 1958/1959 - Divulgação


O Lago Paranoá guarda segredos e tesouros. Olhando o espelho d’água de 38 quilômetros quadrados não se pode imaginar o que tem no fundo. Muito desse mistério tem origem em uma vila improvisada, construída por os operários que trabalhavam na obra do Congresso Nacional e dos Ministérios.

Inicialmente conhecida por “Sacolândia”, depois por “Vila Bananal” (nome da fazenda que deu origem à maior parte do DF) e, finalmente por Vila Amaury (nome de um funcionário da Novacap e um dos líderes da epopeia), a vila chegou a abrigar 16 mil pessoas, que conheciam o destino do local: a submersão, quando o lago chegasse.

Apesar de provisório o lugarejo tinha ruas, bares, comércio e até um pequeno parque de diversões, que alegrava os domingos empoeirados daqueles bravos moradores. Durante oito meses as águas avançavam mansas, lentamente, por sobre a terra seca e avermelhada do cerrado. Até que a água atingiu o joelho das pessoas e foi preciso uma grande operação da Novacap para retirar todo mundo às pressas. Por isso, muitas casas e pertences permanecem intactos até hoje no fundo do lago

Mergulhador no Lago Paranoá, dentro de uma kombi. Foto: Agência Estado


As primeiras famílias transferidas da Vila Amaury e de invasões próximas a Vila Planalto foram assentadas em Sobradinho. Outras famílias foram encaminhadas para a cidade do Gama e Taguatinga.

A “Atlântida” brasiliense existiu onde atualmente fica o Grupamento dos Fuzileiros Navais e o Iate Clube. Por conta dessa magia, o local é explorado por mergulhadores interessados em desvendar os segredos dos primórdios da capital.



Curiosidades

Paranoá que é um vocábulo de origem tupi. Significa "enseada de mar", através da junção dos termos paranã "mar" e kûá "enseada", foi em sua origem
um rio piscoso e pedregoso, que dividia os municípios de Planaltina e Luziânia e era bordeado em vários pontos por uma mata alta e densa.

Vista panorâmica do Lago Paranoá - Divulgação


Na barragem foram utilizados 684 mil metros cúbicos de pedra e a mão de obra entre 1,2 mil e 3 mil operários (não há registros históricos definitivos). Com o represamento do Rio Paranoá, originou-se a usina que supria o Distrito Federal, mas que, atualmente, representa apenas 2,5 por cento de seu consumo energético.

Quando o Lago Paranoá atingiu a cota 1000 (mil metros acima do nível do mar), suas águas se estendiam por 37,5km².

Fauna

Biguá, na beira do Lago Paranoá - Divulgação


Uma das aves mais comuns do lago é o biguá. São também encontrados garças, águias-pescadoras, matracas, marrecas-pé-vermelho e marrecas-irerê. Entre mamíferos há a presença de lontras, capivaras, cuícas-d'água, ratos-d’água, micos-estrela, gambás-de-orelha-branca e ratos-do-campo.

Há também o jacaretinga, uma espécie nativa do lago que prefere as águas mais rasas e com mais vegetação e que não costuma atacar humanos.


Ilha do Retiro

Ilha do Retiro- Lago Norte - Divulgação


Desde o ano 2000, a pesca é permitida e incentivada no lago após sua despoluição, onde são extraídos em sua maioria tilápias, espécie não nativa, assim como o tucunaré e a carpa, esta última introduzida especialmente como limpeza contra as algas. As espécies nativas são cará, lambari e traíra.

Navegação e Esportes Náuticos

Barragem do Paranoá - Divulgação


O Distrito Federal possui mais de 11 000 embarcações registradas, sendo a terceira maior frota náutica do país. Entretanto, não há, em toda a orla do lago, qualquer píer ou marina públicos.

São praticados no lago vários esportes náuticos como canoagem, remo, iatismo, esqui aquático e até mergulho. Ali é realizada, desde 1994, a Regata JK, disputa com mais de duzentas embarcações

Naufrágio

Imagination - maior naufrágio do Lago Paranoá - Foto: Divulgação


No dia 22 de maio de 2011, um barco Superlotado, que apresentava problemas estruturais e não tinha colete salva-vidas para todos os passageiros, naufragou no Lago Paranoá. O acidente aconteceu por volta das vinte horas e trinta minutos, durante um evento que estava sendo realizado. A embarcação tinha licença para operar com noventa passageiros e dois tripulantes, mas o Corpo de Bombeiros diz que pelo menos 104 pessoas estavam a bordo. Porém não se tem certeza da quantidade exata no número de pessoas presentes no barco. A embarcação ficou inclinada e a 17 metros de profundidade. Foi confirmado que nove pessoas perderam a vida na tragédia.


Projeto Na Praia

Na Praia - Divulgação


A partir de 2015 o projeto Na Praia criou uma praia artificial às margens do Lago Paranoá. A área coberta pela areia da praia é de 6mil m², com o total de 400mil toneladas. O evento foi pensado de forma a reduzir impactos ambientais, sendo hoje modelo de evento sustentável.




Datas

18 de outubro de 1956 — Israel Pinheiro informa à imprensa que as obras de represamento do Lago Paranoá já começaram.

Julho de 1957 — Concluído o anteprojeto da usina hidrelétrica.

Dezembro de 1958 — Início das obras da ensecadeira do desvio, com previsão de que, no começo de 1959, se completaria o canal do desvio. Em seguida, ficariam prontas a ensecadeira do desvio, a escavação do vertedouro e a impermeabilização.

Janeiro de 1959 — Conclusão da ensecaderia do desvio e conclusão do vertedouro.

28 de fevereiro de 1959 — O canal para o desvio, a ensecadeira do desvio, a escavação do vertedouro e a segunda fase da impermeabilização foram concluídos.

25 de abril de 1959 — A Novacap anuncia que, por determinação do ministro da Marinha, almirante Mattoso Maia, o Arsenal da Marinha no Rio de Janeiro iria construir as comportas da barragem do Rio Paranoá.

2 de maio de 1959 — Em avião especial, chega a Brasília 1,5 mil exemplares de peixes selecionados pela Divisão de Caça e Pesca do Ministério da Agricultura e que servirão de reprodutores no Paranoá.

12 de setembro de 1959 — Fecha-se a barragem do Paranoá. Juscelino e Sarah fazem descer a comporta de ferro da barragem, manobrando um trator, sob o testemunho de uma multidão. O lago começa, então, a se formar.

19 de novembro de 1959 — A Usina do Paranoá, contratada com a Siemens, aproveitará o desnível da Cachoeira do Paranoá e a barragem do Lago. Os trabalhos da barragem já estão concluídos na parte essencial, ficando a Siemens com os serviços de instalação da usina.



O Futuro

Subsistema Lago Norte - Foto Caesb


Com 74% das obras concluídas, o início da captação de água do Lago Paranoá está previsto para 2 de outubro deste ano. De acordo com a Caesb, a obra foi contratada para execução no prazo de oito meses. A previsão é que o subsistema inicie a captação de 700 litros por segundo.  A estrutura está na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte.

Quando finalizada, a obra será usada pela Caesb para abastecer
Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, Parte de Sobradinho II e Taquari, aliviando o Sistema Produtor Santa Maria-Torto, que poderá  transferir sua produção  para outros reservatórios e ajudar a minimizar a crise hídrica no DF.

Pedalinhos - Jornal de Brasília


O Lago Paranoá é um patrimônio natural da capital Patrimônio da Humanidade. Espelho do céu exuberante de Brasília e orgulho da sua população. Uma saudação especial a Glaziou, Juscelino, Lúcio, Oscar, Sayão, Israel, Ernesto e tantos outros.

Lago Paranoá ao entardecer - Divulgação


  
Fontes de consulta:

FONSECA, Fernando Oliveira. Org. Olhares sobre o Lago Paranoá. Brasília: Secretaria de Meio Ambiente e recursos Hídricos, 2001.
CRULS, Luiz. Relatório da Comissão Exploradora do Planalto Central: relatório Cruls. Brasília: CODEPLAN, 1992.
Relatório Técnico sobre a Nova Capital da República: relatório Belcher. 3 ed. Brasília: CODEPLAN, 1984.
COSTA, Lúcio. Relatório do Plano Piloto de Brasília: Brasília Cidade que Inventei. ArPDF, CODEPLAN, DePHA. Brasília: GDF, 1991.
KUBITSCHEK, Juscelino. Por que construí Brasília. Brasília:Senado Federal, 2009
Instituto Histórico e Geográfico do DF - IHG
Correio Braziliense
Jornal de Brasília




sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Lei de Assentos Preferenciais no DF




Lei torna todos os assentos dos transportes coletivos do DF preferenciais


Foto: Christophe Simon - AFP


Brasília se junta a outras capitais brasileiras, onde a legislação já está  vigorando. Com a sanção do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), publicada na edição desta sexta-feira (1º/9) do Diário Oficial do Distrito Federal, a Lei nº 5.984, de 2017, de autoria do deputado Cristiano Araújo (PSD), que havia sido aprovada pela Câmara Legislativa (CLDF) no fim do mês de junho entrará em vigor em 60 dias.

Na prática a lei torna todos os assentos dos veículos do transporte coletivo e metroviário preferenciais para idosos (idade igual ou superior a 60 anos), pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e mulheres grávidas ou com crianças de colo.


Foto: Toninho Tavares - Agência Brasília

  
De acordo com o projeto, a configuração visual dos assentos dos coletivos será mantida. As empresas de transporte público terão apenas que fixar avisos ao longo dos veículos com a informação de que todos os lugares são preferências. Já a Companhia do Metropolitano (Metrô-DF) deverá divulgar a medida em suas estações.


Segundo Cristiano Araújo, o projeto partiu de uma demanda da sociedade e visa contribuir no processo educacional da população. "Quem utiliza o transporte público muitas vezes se depara com uma pessoa mais jovem ocupando um assento e, por não ter mais nenhum preferencial disponível, um idoso ou uma gestante ficam em pé. Em outros locais, já é cultural se dar preferência nesses casos", disse.




O distrital salientou a importância de o governo realizar campanhas publicitárias para divulgar a proposta da nova lei. Cristiano reforçou ainda que a colaboração dos motoristas e cobradores dos coletivos será importante para o cumprimento da medida. "É uma lei cidadã, que não é de caráter obrigatório, já que não existe fiscalização e multa, mas vai ao encontro do que a sociedade deseja hoje. Devemos mudar nossa cultura para vermos essa lei, de fato, funcionando", afirmou. (Fonte: Correio Braziliense)


Foto: Agência Senado - Arquivo


Dados do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) indicam que mais de 22 mil pessoas com necessidades especiais são transportadas diariamente nos coletivos. O número, porém, não inclui viagens de outros passageiros da categoria preferencial (grávidas, idosos e lactantes).


Acessibilidade

Dados do IBGE indicam a existência de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência física. Considerando que cerca de 30 milhões dessas pessoas vivem em cidades, e somando os milhões de idosos do país, é espantoso que as ruas, calçadas e sistemas de transportes públicos sejam tão mal adaptados a quem se desloca em cadeiras de rodas, com muletas ou bengalas. (Fonte: Mobilize – Brasil)





Greve de ônibus

A negociação entre rodoviários e empresários será retomada segunda-feira(4), com uma nova audiência de conciliação marcada para o início da tarde no Tribunal Regional do Trabalho. A Secretaria de Mobilidade do DF (Semob) afirma que dificilmente rodoviários conseguirão aumento. Caso persista o impasse entre as partes, uma greve geral dos ônibus pode começar já no início da próxima semana, segundo o Sindicato dos Rodoviários do DF.





quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Brasília do alto: espetáculo


O avião visto do alto
 
Foto feita da Estação Espacial - ISS


O jornal Correio Braziliense publicou a foto tirada nesta madrugada de quarta-feira (30/08), postada no Instagram (@sergeyiss) pelo autronauta russo Sergey Ryazansky, de 42 anos. A imagem foi captada a bordo da Estação Espacial Internacional, que realiza uma missão de seis meses no espaço para experimentos com nanosatélites na órbita da terra.

Na imagem é possível identificar a famosa forma do avião, que chamou a atenção do astronauta e o fez comentar na postagem enviada para seus mais de 86 mil seguidores na rede social. “A incrível cidade de Brasília. Vista de cima, a parte principal da cidade se assemelha a um avião, não é?”

Além de ser o engenheiro de voo da missão, o astronauta banca o fotógrafo registrando imagens de diversas partes do mundo. A estação está a uma altitude de 400km e dá uma volta em torno da terra a cada 90 minutos.





Menção honrosa

Esta imagem com certeza vai correr o mundo e fazer Brasília ainda mais conhecida. Um gesto como esse do astronauta valeria uma menção de agradecimento do GDF ou da Câmara Legislativa? Isso poderia dar mais repercussão internacional e potencializar o nome de Brasília no exterior?







Satélites

Um satélite é qualquer objeto que orbita ao redor de outro, que se denomina principal. Os satélites artificiais são naves espaciais fabricadas na Terra e enviadas em um veículo de lançamento. Os satélites artificiais podem orbitar ao redor de luas, cometas, asteroides, planetas, estrelas ou inclusive galáxias. Depois de sua vida útil, os satélites podem ficar orbitando como lixo espacial, até que reentrem na atmosfera terrestre, ou podem ser direcionados, através do uso de propulsores, ao espaço profundo.

Os satélites artificiais podem ser catalogados ou agrupados segundo sua massa, como mostrado abaixo:

Grandes satélites: cujo peso seja maior a 1000 kg;
Satélites médios: cujo peso seja entre 500 e 1000 kg;
Mini satélites: cujo peso seja entre 100 e 500 kg;
Micro satélites: cujo peso seja entre 10 e 100 kg;
Nano satélites: cujo peso seja entre 1 e 10 kg;
Pico satélite: cujo peso seja entre 0,1 e 1 kg;
Femto satélite: cujo peso seja menor a 100 g.


(Fonte: INPE - http://www.crn2.inpe.br/conasat1/nanosatt.php)

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Estado de Emergência no DF


Defesa Civil declara estado de emergência no DF

Correio Braziliense - Arquivo - Internet



A Defesa Civil do Distrito Federal decretou estado de emergência por conta da baixa humidade do ar, causada pela seca comum nesta época do ano. Brasília completou no dia de hoje (30), cem dias sem chuva. Com o índice de humidade na faixa média de 11% no DF, foi atingido o estado crítico, que recomenda esse tipo de medida. (veja tabela abaixo).

Ontem (29), o menor índice foi registrado no Gama: 9%, com 32.7 de temperatura máxima. No Plano Piloto, a humidade do ar ficou em 14%, conforme informou Naiana Araújo, meteorologista consultora do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

A orientação da Defesa Civil é para os moradores se protegerem durante este período. Recomenda-se a suspensão de atividades físicas e trabalhos ao ar livre, como coleta de lixo e entrega de correspondência, entre 10h e 17h.





Apesar dos índices entre 10% e 15% aproximarem o DF da umidade registrada em desertos, como o do Saara, na África, por exemplo, Naiana Araújo, adverte que esta é uma comparação equivocada, pois apesar dos valores de umidade serem próximos, a população daqui sente muito mais, em função de uma não adaptação fisiológica natural, para quem convive há anos com essas condições climáticas.

Segundo a Defesa Civil, a Organização Mundial de Saúde (OMS) entende como "ideal" uma medição de 60%. Ambas as autoridades, no entanto, recomendam que se sigam as recomendações, porém, sem alarde excessivo, que possa vir a causar pânico entre a população.

De acordo com o Inmet, a previsão é de que as nuvens só voltem à capital na segunda quinzena de setembro (a previsão tem parâmetros apenas para 7 dias). Mas, o atual quadro de umidade deve ser atenuado já no fim de semana, quando ventos vindos do oceano em direção ao continente, tendem a deixar o Leste de Goiás (região do DF), com umidade média na casa dos 20%.





Índice histórico

Naiane Araújo explicou que, para efeito de aferição meteorológica, só são considerados como “índices históricos”, aqueles aferidos há 30 anos ou mais. Assim, o menor índice histórico de umidade registrado no DF, foi de 10% (2010). Isso por que, os estações meteorológicas, tanto do Gama, como de Águas Emendadas - que têm registrado os índices mais baixos do DF-, são unidades mais recentes.






VEJA ALGUMAS MEDIDAS RECOMENDADAS PELA DEFESA CIVIL:

1) Para as escolas recomendamos a suspensão da prática de atividades físicas, mesmo não sendo ao ar livre.

2) Aumentar a ingestão diária de líquidos (água, água de coco) independente de apresentar sede ou não (beber pelo menos 06 copos de água de tamanho médio);

3)  Evitar os banhos prolongados com água quente e o uso excessivo de sabonete, para não eliminar totalmente a oleosidade natural da pele;
4)  Pingar duas gotas de soro fisiológico em cada narina, pelo menos 6 vezes ao dia. Este procedimento evita o ressecamento nasal, diminuindo a ocorrência de sangramento;

5)  Evitar o uso de aparelhos de ar-condicionado, pois eles retiram ainda mais a umidade do ambiente;

6)  Trajar roupas adequadas às condições do tempo. Usar roupas leves e claras, e se possível de algodão;

7)  Fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras sempre que possível;
Suspender exercícios físicos e atividades que atinjam grande esforço no período das 10h às 17h, ao ar livre. Neste período, a insolação e evaporação atingem seus índices máximos;

8)  Usar protetor solar, creme hidratante ou óleo vegetal em abundância para evitar o ressecamento da pele;

9)  Optar pelo uso de sombrinha ou guarda-chuva no período mais quente;
Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol em áreas com vegetação;

10)  Recomendar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em ambientes fechados, entre 10 e 17 horas;

11)  Usar umidificador, ou colocar toalhas molhadas e bacias com água nos quartos durante todo o dia. Isso ajuda a manter o ambiente úmido;

12)  As crianças e os idosos são os que mais sofrem com a baixa umidade, pois as crianças estão com o organismo em formação, enquanto que os idosos são mais sensíveis a mudanças bruscas de ambiente. No entanto, o mal-estar causado pela baixa umidade pode ocorrer com pessoas de qualquer faixa etária.


Duvidas ou maiores Esclarecimentos - (61) 3362-1909 / (61) 3362-19

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Violência contra a mulher



Violência contra a mulher no Centro de Brasília


Foto: Eco Brasília




Apesar do discurso do governo sobre a diminuição da violência no Centro de Brasília, essa ainda é uma questão muito discutida e contestada por boa parte da população.  O trecho de calçada que liga a Rodoviária do Plano Piloto ao Setor Comercial Sul (SCS), passando pelo Conic, foi um dos principais assuntos tratados em reunião do Conselho Comunitário de Segurança-Conseg realizada nesta terça-feira (29).

A distância não é tão longa, mas o local tem iluminação precária há anos. Segundo a prefeita do Conic e presidente do Conseg Brasília Centro, Flávia Portela, a preocupação maior é com as mulheres que trabalham no SCS e Conic. “São muitos os relatos de mulheres que precisam trabalhar até mais tarde, e já sofreram algum tipo de ameaça e até  assédio nesse trajeto. Nossa orientação é para que evitem andar sozinhas à noite e, caso aconteça algum delito, comuniquem imediatamente à autoridade policial”.

Segundo ,ainda, Flávia Portela, há um projeto de iluminação para essa área que transita há anos pelos gabinetes do governo, mas até agora nada da obra. “Já foi dito até que o recurso estaria aportado na CEB e o projeto pronto e aprovado”. As informações dadas pelos órgãos do GDF que atuam no processo são desencontradas, conforme concluiu a presidente do Conseg Brasília Centro.





Presença policial

O delegado titular da 5ª DP, Rogério Oliveira, responsável pela região disse em seu pronunciamento durante a reunião, que o processo colaborativo e integrado entre sociedade civil e gestores públicos é o mais importante para a diminuição da violência e acrescentou. “Nossa prioridade é o serviço de inteligência, pois é aí que se consegue os resultados mais expressivos”.

Tanto o delegado, como representantes da PM disseram que as ações de monitoramento e repressão têm sido realizadas por um contingente policial adequado. Ressaltaram, ainda, a necessidade do acompanhamento e cobrança por parte da população para suas demandas. O delegado finalizou sua fala afirmando que “em breve a sociedade terá uma ótima notícia, fruto de um trabalho meticuloso que estamos desenvolvendo”.

  
Aumento de casos de estupro

Brasília está entre as 5 capitais com maior número de casos de estupro no Brasil, sendo 89% das vítimas mulheres. A quantidade aumentou 28,2% aqui no DF este ano. O governo informou que possui uma rede integrada de atendimento às vítimas e que vem trabalhando com campanhas e demais políticas públicas para atenuar esse quadro. Fontes: (SSP- IBGE – FBSP) 




Contrastes

O governo tem programas e ações considerados por especialistas, até internacionais, como de grande relevância. No entanto, há situações na área de segurança, por exemplo, que têm apresentado contrastes entre teoria e prática.

“O programa do governo do DF Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida foi destaque no seminário do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que ocorreu no início do mês, em São Paulo. (Agência Brasília)

O programa criado em 2015 tem como meta reduzir os índices de criminalidade no DF. A intenção também é aumentar a confiança, promover a melhoria da prestação de serviços públicos e prevenir a violência nas áreas de vulnerabilidade social e criminal. (Agência Brasília)



Política pública para a mulher

A secretária adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Márcia de Alencar, presente na reunião como convidada para falar sobre políticas públicas para a mulher, após um breve resumo das atividades que vêm sendo desenvolvidas pelo GDF, convidou os membros do Conseg Brasília Centro, para evento alusivo aos 11 anos da Lei Maria da Penha, ocasião em que será apresentado o plano com as novas políticas voltadas para a mulher.






Reveja o que saiu na imprensa sobre o assunto

Segundo a Secretaria de Segurança, 45% dos estupros ocorridos em julho deste ano foram registrados em Brasília, Ceilândia, Samambaia e São Sebastião. “É sempre muito difícil para a polícia evitar crimes que acontecem no lar. Então, o trabalho tem que ser feito em conjunto com vários órgãos do governo”, aponta o comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Antônio Nunes. (Trecho extraído do Jornal de Brasília – 04/082017)

Para a coordenadora de Política para Mulheres da Secretaria de Mulheres, Miriam Pondaag, os casos de estupro representam um problema cultural, mas o governo tem tomado ações. “Vamos começar uma campanha em Ceilândia, construída no próprio território com os jovens. Além disso, teremos uma oficina sobre o tema no festival Elemento em Movimento”, diz. (Trecho extraído do Jornal de Brasília – 04/082017)

Na ocasião o pronunciamento da Secretaria de Segurança ao Correio Braziliense foi o seguinte:  "Nós temos um número maior de registros do que um número de casos que de fato aconteceram. Ou seja, várias ocorrências feitas em julho deste ano se referem a estupros que ocorreram em períodos anteriores ao mês passado", ressaltou o titular da SSP-DF, Edval Novaes. (Correio Braziliense)


A coordenadora de Políticas para Mulheres da Secretaria de Trabalho,  Desenvolvimento Social,  Mulheres,  Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEDESTMIDH), Miriam Pondaag, ressaltou que 65% dos casos de registro de violência sexual são de estupros de vulneráveis. Segundo ela, 70% dessas ocorrências acontecem em locais fechados, ou seja, na própria casa dos envolvidos, quando vítima e autor se conhecem. (Correio Braziliense)