terça-feira, 29 de agosto de 2017

Violência contra a mulher



Violência contra a mulher no Centro de Brasília


Foto: Eco Brasília




Apesar do discurso do governo sobre a diminuição da violência no Centro de Brasília, essa ainda é uma questão muito discutida e contestada por boa parte da população.  O trecho de calçada que liga a Rodoviária do Plano Piloto ao Setor Comercial Sul (SCS), passando pelo Conic, foi um dos principais assuntos tratados em reunião do Conselho Comunitário de Segurança-Conseg realizada nesta terça-feira (29).

A distância não é tão longa, mas o local tem iluminação precária há anos. Segundo a prefeita do Conic e presidente do Conseg Brasília Centro, Flávia Portela, a preocupação maior é com as mulheres que trabalham no SCS e Conic. “São muitos os relatos de mulheres que precisam trabalhar até mais tarde, e já sofreram algum tipo de ameaça e até  assédio nesse trajeto. Nossa orientação é para que evitem andar sozinhas à noite e, caso aconteça algum delito, comuniquem imediatamente à autoridade policial”.

Segundo ,ainda, Flávia Portela, há um projeto de iluminação para essa área que transita há anos pelos gabinetes do governo, mas até agora nada da obra. “Já foi dito até que o recurso estaria aportado na CEB e o projeto pronto e aprovado”. As informações dadas pelos órgãos do GDF que atuam no processo são desencontradas, conforme concluiu a presidente do Conseg Brasília Centro.





Presença policial

O delegado titular da 5ª DP, Rogério Oliveira, responsável pela região disse em seu pronunciamento durante a reunião, que o processo colaborativo e integrado entre sociedade civil e gestores públicos é o mais importante para a diminuição da violência e acrescentou. “Nossa prioridade é o serviço de inteligência, pois é aí que se consegue os resultados mais expressivos”.

Tanto o delegado, como representantes da PM disseram que as ações de monitoramento e repressão têm sido realizadas por um contingente policial adequado. Ressaltaram, ainda, a necessidade do acompanhamento e cobrança por parte da população para suas demandas. O delegado finalizou sua fala afirmando que “em breve a sociedade terá uma ótima notícia, fruto de um trabalho meticuloso que estamos desenvolvendo”.

  
Aumento de casos de estupro

Brasília está entre as 5 capitais com maior número de casos de estupro no Brasil, sendo 89% das vítimas mulheres. A quantidade aumentou 28,2% aqui no DF este ano. O governo informou que possui uma rede integrada de atendimento às vítimas e que vem trabalhando com campanhas e demais políticas públicas para atenuar esse quadro. Fontes: (SSP- IBGE – FBSP) 




Contrastes

O governo tem programas e ações considerados por especialistas, até internacionais, como de grande relevância. No entanto, há situações na área de segurança, por exemplo, que têm apresentado contrastes entre teoria e prática.

“O programa do governo do DF Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida foi destaque no seminário do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que ocorreu no início do mês, em São Paulo. (Agência Brasília)

O programa criado em 2015 tem como meta reduzir os índices de criminalidade no DF. A intenção também é aumentar a confiança, promover a melhoria da prestação de serviços públicos e prevenir a violência nas áreas de vulnerabilidade social e criminal. (Agência Brasília)



Política pública para a mulher

A secretária adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Márcia de Alencar, presente na reunião como convidada para falar sobre políticas públicas para a mulher, após um breve resumo das atividades que vêm sendo desenvolvidas pelo GDF, convidou os membros do Conseg Brasília Centro, para evento alusivo aos 11 anos da Lei Maria da Penha, ocasião em que será apresentado o plano com as novas políticas voltadas para a mulher.






Reveja o que saiu na imprensa sobre o assunto

Segundo a Secretaria de Segurança, 45% dos estupros ocorridos em julho deste ano foram registrados em Brasília, Ceilândia, Samambaia e São Sebastião. “É sempre muito difícil para a polícia evitar crimes que acontecem no lar. Então, o trabalho tem que ser feito em conjunto com vários órgãos do governo”, aponta o comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Antônio Nunes. (Trecho extraído do Jornal de Brasília – 04/082017)

Para a coordenadora de Política para Mulheres da Secretaria de Mulheres, Miriam Pondaag, os casos de estupro representam um problema cultural, mas o governo tem tomado ações. “Vamos começar uma campanha em Ceilândia, construída no próprio território com os jovens. Além disso, teremos uma oficina sobre o tema no festival Elemento em Movimento”, diz. (Trecho extraído do Jornal de Brasília – 04/082017)

Na ocasião o pronunciamento da Secretaria de Segurança ao Correio Braziliense foi o seguinte:  "Nós temos um número maior de registros do que um número de casos que de fato aconteceram. Ou seja, várias ocorrências feitas em julho deste ano se referem a estupros que ocorreram em períodos anteriores ao mês passado", ressaltou o titular da SSP-DF, Edval Novaes. (Correio Braziliense)


A coordenadora de Políticas para Mulheres da Secretaria de Trabalho,  Desenvolvimento Social,  Mulheres,  Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEDESTMIDH), Miriam Pondaag, ressaltou que 65% dos casos de registro de violência sexual são de estupros de vulneráveis. Segundo ela, 70% dessas ocorrências acontecem em locais fechados, ou seja, na própria casa dos envolvidos, quando vítima e autor se conhecem. (Correio Braziliense)

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