CONIC EM TARDE DE CALIBAN
No melhor estilo
diversão e cultura na hora do almoço, hoje (20/07), a comunidade do Conic e as
pessoas que circulavam pelo local, das 12:30 às 14:00h, foram comtempladas com
o espetáculo “Calibam A Tempestade de
Augusto Boal”, da companhia “Ói Nóis Aqui Traveiz”, patrocínio do SESC e apoio
da Prefeitura do Conic.
A
prefeita do Conic, Flávia Portela, contou que o evento é mais uma iniciativa em
prol da cultura, atividade tradicional no Setor de Diversões Sul. Explicou que
o “Projeto de Revitalização do Centro de Brasília” -- uma iniciativa do Conselho
de Segurança Comunitária do Centro – Conseg --, que se encontra em fase final de avaliação pelo
GDF, deverá propiciar melhores condições para desenvolver e ampliar as diversas
iniciativas socioculturais propostas pela comunidade para o local.
E
ela enfatiza: “A ocupação dos espaços do Conic com a cultura não é nenhuma novidade,
a Prefeitura já incentiva esse tipo de evento há anos. O que nós precisamos
para poder manter a frequência desses eventos, é o apoio das autoridades ao
nosso calendário cultural, que sempre propomos, mas raramente temos sido
atendidos”.
Condôminos e
membros da comunidade local, como Silvia Rodrigues, dona da loja Fax Service e Paulo
Alves, administrador do edifício Miguel Badya, faziam coro ao comentário de Roberto,
tesoureiro da Federação Brasileira de Teatro - FBT: “É esse tipo de espetáculo
que o Conic precisa de volta, e que é a cara daqui. Isso sim é cultura! O
espetáculo “Caliban A Tempestade de Augusto Boal” foi visto por mais de
trezentas pessoas, em 1 hora e meia de apresentação. Ele acontece novamente
amanhã às 12:30h, na praça interna do Conic.
Foto: Pedro Isaias - Divulgação |
Sinopse do espetáculo
Para
dar continuidade à pesquisa de teatro de rua, o Ói Nóis escolheu a versão de
Augusto Boal de A Tempestade. Ele apropria-se da peça de Shakespeare e do
pensamento do cubano Retamar para questionar a exploração da América do Sul
pelo colonialismo europeu e para discutir a postura neocolonialista dos Estados
Unidos.
A
figura de Caliban em A Tempestade, de Boal, ratifica a fundação mais firme de
uma representação voltada para as margens. Falar em Caliban como símbolo de
nossa identidade e do teatro latino-americano, nos leva a explorar novas
sendas, novas categorias e a possibilidade de pensar e fazer teatro de outro
modo. Implica em tornar visíveis as inumeráveis contradições e complexidades
que configuram as sociedades contemporâneas marcadas pela ferida colonial.
Para
o Ói Nóis Aqui Traveiz, encenar “A Tempestade de Augusto Boal” é gerar outros
discursos, histórias e narrativas, produzir e reconhecer outros lugares de
enunciação. Caliba é a reivindicação da legitimidade do “diferente”.
Gênero:
Teatro de Rua/ Teatro épico
Classificação
etária: Livre para todos os públicos
Duração:
1h30min
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