quinta-feira, 20 de julho de 2017

Cultura


CONIC EM TARDE DE CALIBAN

No melhor estilo diversão e cultura na hora do almoço, hoje (20/07), a comunidade do Conic e as pessoas que circulavam pelo local, das 12:30 às 14:00h, foram comtempladas com o espetáculo “Calibam  A Tempestade de Augusto Boal”, da companhia “Ói Nóis Aqui Traveiz”, patrocínio do SESC e apoio da Prefeitura do Conic.



A prefeita do Conic, Flávia Portela, contou que o evento é mais uma iniciativa em prol da cultura, atividade tradicional no Setor de Diversões Sul. Explicou que o “Projeto de Revitalização do Centro de Brasília” -- uma iniciativa do Conselho de Segurança Comunitária do Centro – Conseg --,  que se encontra em fase final de avaliação pelo GDF, deverá propiciar melhores condições para desenvolver e ampliar as diversas iniciativas socioculturais propostas pela comunidade para o local.

E ela enfatiza: “A ocupação dos espaços do Conic com a cultura não é nenhuma novidade, a Prefeitura já incentiva esse tipo de evento há anos. O que nós precisamos para poder manter a frequência desses eventos, é o apoio das autoridades ao nosso calendário cultural, que sempre propomos, mas raramente temos sido atendidos”.






Condôminos e membros da comunidade local, como Silvia Rodrigues, dona da loja Fax Service e Paulo Alves, administrador do edifício Miguel Badya, faziam coro ao comentário de Roberto, tesoureiro da Federação Brasileira de Teatro - FBT: “É esse tipo de espetáculo que o Conic precisa de volta, e que é a cara daqui. Isso sim é cultura! O espetáculo “Caliban A Tempestade de Augusto Boal” foi visto por mais de trezentas pessoas, em 1 hora e meia de apresentação. Ele acontece novamente amanhã às 12:30h, na praça interna do Conic.

Foto: Pedro Isaias - Divulgação


 Sinopse do espetáculo

Para dar continuidade à pesquisa de teatro de rua, o Ói Nóis escolheu a versão de Augusto Boal de A Tempestade. Ele apropria-se da peça de Shakespeare e do pensamento do cubano Retamar para questionar a exploração da América do Sul pelo colonialismo europeu e para discutir a postura neocolonialista dos Estados Unidos.
A figura de Caliban em A Tempestade, de Boal, ratifica a fundação mais firme de uma representação voltada para as margens. Falar em Caliban como símbolo de nossa identidade e do teatro latino-americano, nos leva a explorar novas sendas, novas categorias e a possibilidade de pensar e fazer teatro de outro modo. Implica em tornar visíveis as inumeráveis contradições e complexidades que configuram as sociedades contemporâneas marcadas pela ferida colonial.
Para o Ói Nóis Aqui Traveiz, encenar “A Tempestade de Augusto Boal” é gerar outros discursos, histórias e narrativas, produzir e reconhecer outros lugares de enunciação. Caliba é a reivindicação da legitimidade do “diferente”.

Gênero: Teatro de Rua/ Teatro épico
Classificação etária: Livre para todos os públicos
Duração: 1h30min



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