CRISTÓVAM BUARQUE E O
EDUCACIONISMO
O
senador Cristóvam Buarque (PPS-DF), participa do Programa Roda Viva, e concede
uma das entrevistas mais interessantes e realistas dos últimos tempos. Um bate
papo franco. Vale a pena conferir: https://www.youtube.com/watch?v=v2LOY2w9smc
O
senador Cristóvam Buarque defende o Bolsa Escola como principal política
pública para a verdadeira transição do Brasil rumo ao desenvolvimento social
pleno. Ele defende ainda a Reforma Trabalhista com algumas ressalvas, e o
acréscimo de um período por ano para o trabalhador se reciclar e estudar, isso
além do período normal de férias.
Diz
que para ele não existe esquerda velha; tudo que é velho é direita. Afirma que
há parlamentares classificados como de “direita”, mas que possuem discurso e
ações muito mais progressistas que muitos que se proclamam de esquerda. Fala
sobre eleições, e diz que colocará o seu nome à disposição do partido para concorrer
a presidente em 2018, mas afirma que não irá participar de nenhum “toma-lá-dá-cá”.
Confira
dois trechos da entrevista:
“Marx
dizia: Tudo que é sólido se desmancha no ar. Só que naquela época, ele achava
que necessitava décadas para isso acontecer. Agora se desmancham no ar todo o
tempo. Aliás, até mandato de parlamentar devia ser meio intermitente. Não faz
sentido no tempo em que eu me comunico com o eleitor a cada dois segundos, ter
um mandato de oito anos. Os mandatos têm que ser móveis conforme o povo quer”.
“Educador
é aquele que cuida da sala de aula, de como tornar a sala positiva e eficiente.
O educacionista é aquele que cuida de todas as salas de aula, é o lado político
da educação. Eu me considero um educacionista, pois defendo a escola de
qualidade igual para todos; ela tem diferenças conceituais, mas a qualidade é
igual”.
O grande desafio da educação meu caro Eduardo Nonteiro é ela tornar-se efetivamente expressiva. Ou seja, tornarmo-nos melhores como seres humanos. Isto vale dizer da educação clássica que, há tempos foi banida de nossas escolas em proveito de uma formar subalternidades que não almejam a qualidade sociocultural das gerações. Mas, que tornam nossos jovens e adolescentes peças de engrenagens competitivas. Tinha que perguntar ao nosso Senador Cristovam por que não se pensa um grande projeto de educação de base nacional, centrada em nossas tradições e valores culturais. Grande abraço Eduardo.
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