Juiz
determina a volta dos ônibus
Foto: José Cruz - Agência Brasil / Arquivo |
Rodoviários
entraram em greve na madrugada desta segunda-feira (28) em todo o Distrito
Federal. As garagens de todas as empresas amanheceram fechadas. Cerca de um
milhão de passageiros usam os ônibus do DF por dia.
Por
considerar a greve "precipitada e descabida", o GDF ingressou com uma
ação contra o Sindicato dos Rodoviários, que foi recebida e deferida pelo Juiz
Carlos Fernando dos Santos no final desta manhã. O magistrado determinou que os
rodoviários terão de manter 100% de funcionamento das linhas nos horários de
pico e 50% nos demais horários.
O
juiz que estava na condição de plantonista, já encaminhou o processo nº 2017.01.1.045987-7 ,
para seguir o trâmite legal na 4ª Vara de Fazenda Pública do DF. O magistrado
estipulou a multa no valor de R$ 1
milhão, em caso de descumprimento da
decisão judicial por parte dos rodoviários.
Foto: José Cruz - Agência Brasil |
Em
nota o GDF falou sobre o assunto: "A categoria não cumpriu os requisitos
básicos da lei de greve, como a realização de assembleia e a publicação de
aviso de greve, o que também surpreendeu o governo. A categoria já está
recebendo desde o mês de maio o reajuste referente à inflação, mas infelizmente
quer ganhos reais que não refletem a realidade econômica do pais."
As
empresas informaram terem sido pegas de surpresa e que os rodoviários receberam
outra proposta de aumento de 4,5% no salário – mais reajustes relativos aos
benefícios de alimentação (5%), plano de saúde (12%), odontológico (12%) e
cesta básica (6%). A categoria não aceitou a proposta.
Segundo
o sindicato, a mobilização é por tempo indeterminado, e até o horário desta postagem,
não haviam ainda recebido a notificação. Há pelo menos um mês, a categoria
tenta conseguir aumento salarial de 10%. Na época, os patrões concederam uma
reposição de 4% – referente à inflação –, no salário e benefícios, que está
sendo paga desde julho.
Foto: José Cruz - Agência Brasil |
Justiça do Trabalho
As
empresas de ônibus também acionaram a Justiça do trabalho para barrar a greve.
E a decisão da desembargadora Maria Regina Guimarães, foi na mesma linha, a
magistrada determinou que 100% da frota circule nos horários de pico.
Também
estabeleceu que o sindicato seja proibido de obstruir as garagens e impedir,
por qualquer meio, a circulação de veículos. A multa prevista é de R$ 150 mil
em caso de descumprimento.
Mais Carros nas ruas
Com a
paralisação, mais carros vão para as ruas do DF – inclusive de transporte
pirata. O número de veículos particulares trafegando, que já aumentou, em
consequência da queda em torno de 9% no número de passageiros, conforme dados
da Secretaria de Mobilidade do DF (VEJA MATÉRIA), agora aumenta ainda mais.
Com
a paralisação dos ônibus o fluxo de passageiros no Metro aumentou, segundo
informações da empresa, que informou ainda sobre a normalidade do funcionamento
dos trens.
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