segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Greve de ônibus


Juiz determina a volta dos ônibus




Foto: José Cruz - Agência Brasil / Arquivo


Rodoviários entraram em greve na madrugada desta segunda-feira (28) em todo o Distrito Federal. As garagens de todas as empresas amanheceram fechadas. Cerca de um milhão de passageiros usam os ônibus do DF por dia.

Por considerar a greve "precipitada e descabida", o GDF ingressou com uma ação contra o Sindicato dos Rodoviários, que foi recebida e deferida pelo Juiz Carlos Fernando dos Santos no final desta manhã. O magistrado determinou que os rodoviários terão de manter 100% de funcionamento das linhas nos horários de pico e 50% nos demais horários.

O juiz que estava na condição de plantonista, já encaminhou o processo nº 2017.01.1.045987-7 , para seguir o trâmite legal na 4ª Vara de Fazenda Pública do DF. O magistrado estipulou a multa no valor de  R$ 1 milhão,  em caso de descumprimento da decisão judicial por parte dos rodoviários.

Foto: José Cruz - Agência Brasil


Em nota o GDF falou sobre o assunto: "A categoria não cumpriu os requisitos básicos da lei de greve, como a realização de assembleia e a publicação de aviso de greve, o que também surpreendeu o governo. A categoria já está recebendo desde o mês de maio o reajuste referente à inflação, mas infelizmente quer ganhos reais que não refletem a realidade econômica do pais."

As empresas informaram terem sido pegas de surpresa e que os rodoviários receberam outra proposta de aumento de 4,5% no salário – mais reajustes relativos aos benefícios de alimentação (5%), plano de saúde (12%), odontológico (12%) e cesta básica (6%). A categoria não aceitou a proposta.

Segundo o sindicato, a mobilização é por tempo indeterminado, e até o horário desta postagem, não haviam ainda recebido a notificação. Há pelo menos um mês, a categoria tenta conseguir aumento salarial de 10%. Na época, os patrões concederam uma reposição de 4% – referente à inflação –, no salário e benefícios, que está sendo paga desde julho.


Foto: José Cruz - Agência Brasil



Justiça do Trabalho

As empresas de ônibus também acionaram a Justiça do trabalho para barrar a greve. E a decisão da desembargadora Maria Regina Guimarães, foi na mesma linha, a magistrada determinou que 100% da frota circule nos horários de pico.

Também estabeleceu que o sindicato seja proibido de obstruir as garagens e impedir, por qualquer meio, a circulação de veículos. A multa prevista é de R$ 150 mil em caso de descumprimento.



Mais Carros nas ruas

Com a paralisação, mais carros vão para as ruas do DF – inclusive de transporte pirata. O número de veículos particulares trafegando, que já aumentou, em consequência da queda em torno de 9% no número de passageiros, conforme dados da Secretaria de Mobilidade do DF (VEJA MATÉRIA), agora aumenta ainda mais.

Com a paralisação dos ônibus o fluxo de passageiros no Metro aumentou, segundo informações da empresa, que informou ainda sobre a normalidade do funcionamento dos trens.


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