“Vamos a La Playa”, Brasília?
Boa parte dos frequentadores dos
eventos do “Na Praia”, provavelmente nem sonhavam em nascer, quando a música
“Vamos a La Playa”, do dueto italiano Righeira, se tornou um mega sucesso
internacional, isso no ano de 1983. ( veja detalhes no fim da matéria).
O fato relacionado fica por conta do convite:
Vamos ao “Na Praia”? Que novamente já pode ser feito com toda propriedade. Isso
graças à reversão da decisão da Vara de Meio Ambiente que obrigava a festa
"Na Praia" – realizada na orla do Lago Paranoá – a "respeitar a
Lei do Silêncio" sob multa de R$ 2 milhões cada vez que o limite de 50
decibéis durante o dia, e 55 à noite fossem descumpridos. A juíza do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal, Sandra Reves Vasques Tonussi, da 2ª Turma Cível,
é a responsável pela nova decisão publicada nesta quarta-feira (23).
Evento "Na Praia" - Foto: Bruno Soares |
A
magistrada, argumenta que o evento – que começou em 30 de junho e segue até 10
de setembro – "vem cumprindo" as determinações da lei e está
"devidamente autorizado pelos órgãos públicos de controle e
fiscalização". Ela ainda considerou exagerada a multa de R$ 2 milhões por
descumprimento; valor é 100 vezes maior que o previsto pela lei. A decisão anterior
previa ainda fiscalização semanal do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
Este parece ser apenas mais um capítulo, do
que pode vir a ser uma “batalha judicial” entre parte de moradores de
localidades próximas e a empresa R2, responsável pelo evento. O fato novo é uma
carta da Associação de Moradores da Vila Planalto, que empenha todo o apoio ao
evento (veja reprodução abaixo)
Reprodução |
Em
argumentação técnica sobre o "Na Praia", a juíza contesta as
justificativas do juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros de que o evento tem
causado “incômodo” aos moradores de regiões próximas. A magistrada afirma ainda
que o juiz não apresentou qualquer elemento que comprove infração por parte dos
organizadores.
Vamos a La Playa
Evento "Na Praia" - Foto: Fernanda Furtado |
A música fala em radiação atômica, poluição e
outras questões ambientais, mas de forma aparentemente sem nexo, e até
despropositada. O curioso é que justamente os eventos do “Na Praia” têm sido
reconhecidos por ações comprometidas com o que existe de mais atual e eficaz em
termos de sustentabilidade. Como afirmou o cientista: “Os opostos se atraem”.
Então é possível dizer: Vamos ao “Na Praia”? Ou aguardem cenas do próximo capítulo.
“Ao contrário do que aparenta (e do consenso
de que a música tem nenhuma ou pouca profundidade), o conteúdo da canção é
bastante sério e aborda o perigo dos testes nucleares subaquáticos com bombas
atômicas, bem como a poluição das praias. A canção ficou na 53ª posição na UK
Singles Chart, e ocupou as primeiras posições das paradas de sucesso em
diversos países da Europa e América”. (Wikipédia)
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