quinta-feira, 24 de agosto de 2017

"Na Praia"


“Vamos a La Playa”, Brasília?

Boa parte dos frequentadores dos eventos do “Na Praia”, provavelmente nem sonhavam em nascer, quando a música “Vamos a La Playa”, do dueto italiano Righeira, se tornou um mega sucesso internacional, isso no ano de 1983. ( veja detalhes no fim da matéria).




O fato relacionado fica por conta do convite: Vamos ao “Na Praia”? Que novamente já pode ser feito com toda propriedade. Isso graças à reversão da decisão da Vara de Meio Ambiente que obrigava a festa "Na Praia" – realizada na orla do Lago Paranoá – a "respeitar a Lei do Silêncio" sob multa de R$ 2 milhões cada vez que o limite de 50 decibéis durante o dia, e 55 à noite fossem descumpridos. A juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Sandra Reves Vasques Tonussi, da 2ª Turma Cível, é a responsável pela nova decisão publicada nesta quarta-feira (23).


Evento "Na Praia" - Foto: Bruno Soares



A magistrada, argumenta que o evento – que começou em 30 de junho e segue até 10 de setembro – "vem cumprindo" as determinações da lei e está "devidamente autorizado pelos órgãos públicos de controle e fiscalização". Ela ainda considerou exagerada a multa de R$ 2 milhões por descumprimento; valor é 100 vezes maior que o previsto pela lei. A decisão anterior previa ainda fiscalização semanal do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

Este parece ser apenas mais um capítulo, do que pode vir a ser uma “batalha judicial” entre parte de moradores de localidades próximas e a empresa R2, responsável pelo evento. O fato novo é uma carta da Associação de Moradores da Vila Planalto, que empenha todo o apoio ao evento (veja reprodução abaixo)

Reprodução

Em argumentação técnica sobre o "Na Praia", a juíza contesta as justificativas do juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros de que o evento tem causado “incômodo” aos moradores de regiões próximas. A magistrada afirma ainda que o juiz não apresentou qualquer elemento que comprove infração por parte dos organizadores.


 Vamos a La Playa

Evento "Na Praia" - Foto: Fernanda Furtado


A música fala em radiação atômica, poluição e outras questões ambientais, mas de forma aparentemente sem nexo, e até despropositada. O curioso é que justamente os eventos do “Na Praia” têm sido reconhecidos por ações comprometidas com o que existe de mais atual e eficaz em termos de sustentabilidade. Como afirmou o cientista: “Os opostos se atraem”. Então é possível dizer: Vamos ao “Na Praia”? Ou aguardem cenas do próximo capítulo.

“Ao contrário do que aparenta (e do consenso de que a música tem nenhuma ou pouca profundidade), o conteúdo da canção é bastante sério e aborda o perigo dos testes nucleares subaquáticos com bombas atômicas, bem como a poluição das praias. A canção ficou na 53ª posição na UK Singles Chart, e ocupou as primeiras posições das paradas de sucesso em diversos países da Europa e América”. (Wikipédia)


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