segunda-feira, 26 de junho de 2017

Direitos Humanos



“Déjà-vu” na lei anti-homofobia


A expressão “déjà-vu” é de origem francesa, e significa algo como: Já visto, repetido. E a história se repetiu mesmo. Em 2013 o então governador Agnelo regulamentou a lei e, sob forte pressão da bancada evangélica, a revogou no dia seguinte. Agora, a bancada evangélica comandou nova derrota ao governo Rollemberg, desta vez pelo placar de 9 a 6.

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Nesta segunda-feira (26), a Câmara Legislativa do Distrito Federal, a exemplo do que aconteceu em 2013, conseguiu derrubar o decreto do Executivo local que regulamentou a lei anti-homofobia. O governador Rodrigo Rollemberg havia assinado o decreto de regulamentação na última sexta-feira (23), a Lei Distrital 2.615/2000, que estabelece punições às práticas discriminatórias em razão da orientação sexual das pessoas em estabelecimentos públicos ou privados e prevê multa de até R$ 10 mil.  Em menos de 72 horas o decreto foi derrubado.

Em nota, o Governo de Brasília disse lamentar e afirmou que irá recorrer da decisão. “Trata-se de uma atitude ilegal por invadir área jurídica restrita do Executivo, e que não encontra respaldo na realidade dos dias de hoje. O Estado tem que garantir a liberdade de expressão, de credo religioso e o direito de orientação sexual de cada cidadão, evitando qualquer tipo de preconceito e violência. O Governo de Brasília está seguro de que, mais uma vez, o Tribunal de Justiça reconhecerá a autonomia do Poder Executivo de regulamentar a legislação sobre este tema e de outros de interesse da sociedade”.

Nesta manhã (26), os distritais Rodrigo Delmasso, Julio Cesar e Bispo Renato, todos da bancada evangélica, apresentaram um projeto de decreto legislativo, que serviu como base para derrubar o decreto do governador Rodrigo Rollemberg. A justificativa apresentada pelos parlamentares é a de “proteção da família”.


Um dia antes


A 20º Parada do Orgulho LGBT de Brasília leva multidão à Esplanada dos MinistériosAntonio Cruz/Agência Brasil


 Ontem, domingo (25), cerca de 15 mil pessoas tomaram a Esplanada dos Ministérios para pedir mais amor e tolerância durante a 20ª parada LGBTS de Brasília. Em um evento  pacífico e sem incidentes, gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e simpatizantes da causa fizeram do seu protesto uma festa. Este ano, a principal bandeira foi a prevalência de um Estado laico. O decreto de regulamentação da lei anti-homofobia, também foi comemorado.














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