quarta-feira, 21 de junho de 2017

Literatura


Sob o signo da genialidade

Completam-se hoje 178 anos do nascimento de Machado de Assis. Um dos maiores gênios da literatura mundial. O P4 Notícias presta sua reverência a esse mestre autodidata, nascido sob o signo da genialidade.



Um dos maiores, senão o maior escritor brasileiro em todos tempos, nasceu a 21 de junho de 1939. Em berço pobre, no morro do Livramento no Rio de Janeiro, veio ao mundo Joaquim Maria Machado de Assis. Filho de ex-escravos alforriados: o pintor de paredes Francisco José de Assis e a lavadeira Maria Leopoldina Machado de Assis. Essa situação marcou toda a sua vida, já que a escravidão só seria abolida no Brasil 49 anos depois do seu nascimento.

Machado de Assis enfrentou todos os desafios possíveis para um mestiço pobre em pleno século XIX. Incluindo o acesso limitado à educação. Frequentou a escola pública, mas sua formação para valer foi autodidata, pois jamais esteve na universidade. Seu conhecimento foi adquirido pela enorme ambição  ao saber.

Essa sede pelo conhecimento foi a marca registrada de Machado de Assis em toda sua vida. Ainda jovem, trabalhando em uma padaria aprende a ler e a traduzir francês. Aos 16 anos escreve seu primeiro poema, Um Anjo. A partir daí, já em contato com intelectuais da época, sua atividade literária só termina em 1908, quando morre aos 69 anos. Meses antes, porém, ainda queria aprender grego.

Cedo chegou às redações de jornais cariocas, entrou pela porta da oficina, foi auxiliar de tipógrafo, e logo em seguida já revisava provas dos impressos. Escrevia com desenvoltura e interesse descomunal: estava em seu meio favorito. Não era mais dúvida o seu talento e sua capacidade com escritor.

Em 1860, aos 21 anos, Machado de Assis começa a colaborar com o Jornal do Rio, onde será o encarregado de escrever sobre os debates no Senado. A reflexão sobre a política e a vida social da época, lhe chegam por meio dos textos. E, vem daí o modo inconfundível de narrar, ao mesmo tempo simples e profundo, permeado por uma irresistível ironia.






“Sua extensa obra literária é composta por nove romances e peças teatrais, 200 contos, cinco coleções de poemas e sonetos e mais de 600 crônicas. Embora não alcance grande reconhecimento como dramaturgo, o obtém como poeta, com a coletânea Crisálidas (1864), seu primeiro livro, ainda associado ao romantismo.
Quase todas essas obras-primas da narrativa brasileira e universal foram escritas em meio à vida plácida e ordenada de funcionário público, e algumas após a sua aposentadoria compulsória, em 1897. Àquela altura, já era considerado havia algum tempo o melhor escritor brasileiro. Sua aclamação como presidente da Academia Brasileira de Letras, da qual foi membro fundador, constituiu um reconhecimento a mais, antes de sua morte, a 29 de setembro de 1908.


Dois acontecimentos cruciais na biografia de Machado de Assis marcarão sua vida: seu ingresso na Administração do Estado – primeiro em 1867, como funcionário do Diário Oficial, e depois, em 1873, na Secretaria de Agricultura – e seu casamento com Carolina Xavier de Novais, em 1869.”

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