“Menos
é mais. Ou melhor, zero é mais”.
Como dissemos na
matéria “Você Sabe o Que é Lixo Zero?”, o conceito de redução da produção de
lixo vem ganhando força no mundo inteiro. E é nisso que se baseia a ideia de
Lixo Zero, que chamou a atenção do engenheiro civil Rodrigo Sabatini, em um
congresso nos Estados Unidos. Em 2009, ele criou o Instituto Lixo Zero Brasil.
Vamos saber um pouco mais sobre ele?
Rodrigo Sabatini. Foto: Miriam Zomer - Agência AL |
Rodrigo
criou o Instituto Lixo Zero Brasil, uma organização sem fins lucrativos
composta por uma equipe multidisciplinar de profissionais e estudantes das
áreas de desenvolvimento e gestão socioambiental, Engenharia Sanitária e
Ambiental, Design, Biologia e Educação Ambiental. Faz parte da ZWIA – Zero
Waste International Alliance (Aliança Internacional para o Lixo Zero),
movimento internacional de organizações que disseminam o conceito e princípios
Lixo Zero no mundo.
Para
Sabatini, que viaja pelo Brasil e exterior pesquisando, proferindo palestras e
difundindo o conceito Lixo Zero, o maior problema do ser humano é associado ao
comportamento. Não se pode mais simplesmente jogar as coisas no lixo, é preciso
se fazer o encaminhamento das mesmas de forma correta.
E
ele acrescenta: “As pessoas devem ser agentes de mudanças. A mudança do mundo
não pode ser feita sozinha por um indivíduo. Para mudar o mundo é preciso de
novos profissionais e educadores que mudem o processo do sistema que está na
sociedade”.
Sobre
a lei específica que trata desse o assunto, Sabatini elogia o seu conteúdo, mas
adverte: “Apesar de a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS ter dado um
caráter profissionalizante para o processo de coleta seletiva dos resíduos —
porque nós tínhamos um movimento muito amador —, nesses 6 anos pouco se fez para a profissionalização
das pessoas que trabalham com o lixo”.
Veja
a seguir trechos de entrevista concedida ao IHU-on line:
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/531587. Segundo
ele, entre as dificuldades, há a falta de preparo dos municípios: “85% dos
municípios brasileiros têm menos de 50 mil habitantes, então a infraestrutura é
muito pequena. No caso dos municípios com uma população maior, são muito
complexos para implementar a política no curto prazo”.
Rodrigo Sabatini. Foto: Luís Debiasi - Agência AL |
Na
avaliação de Sabatini, com o desenvolvimento da PNRS, a principal meta deve ser
a de alcançar índice de lixo zero, a exemplo do que já fazem outras cidades,
como São Francisco, na Califórnia, que “encaminha para o aterro apenas 18% de
todo o lixo que produz, quer dizer, 82% dos resíduos da cidade são tratados,
encaminhados e voltam para a cadeia produtiva”.
“O
futuro nos leva para o lixo zero, para a economia circular, para a reutilização
total, por isso, precisamos de profissionais que pensem em mudar o processo de
produção, mudar o conceito do produto e a aplicação dele, ou seja, remodelar o
sistema”, diz o engenheiro civil.
Rodrigo
Sabatini é Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de Santa Catarina
– UFSC. Atualmente é presidente do Instituto Lixo Zero Brasil e diretor da Zero Waste International Alliance.
Na
semana que vem, não perca a entrevista EXCLUSIVA com Rodriga Sabatini e muito
mais informação sobre LIXO ZERO.
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